Um dos grandes trunfos do sucesso tem sido a organização. Um elemento muito simples, mas que faz grande diferença. Algumas pessoas não dão muita importância para esse aspecto, entretanto, é um dos pontos em comum encontrados nos executivos modernos que possuem empresas sólidas, sendo estes seus reflexos, e eles tem servido de modelo para seus colaboradores. Também na área esportiva é um dos principais diferenciais das equipes bem sucedidas e dos atletas de sucesso que se superam constantemente.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram que pessoas organizadas acabam vivendo até quatro anos a mais do que as desorganizadas, uma vez que estas acabam convivendo com maior quantidade de estresse procurando as coisas, se desgastam bastante na procura delas, entram mais em conflito consigo mesmas por não terem “espaço” suficiente para seus pertences e por tudo “conspirar” contra elas quando precisam de algo, se tornam cansadas pelo fato de conviverem com locais em desordem e com menos estética, além de acabarem descuidando de si mesmas com relação à alimentação, atividades físicas e descanso. Mas não podemos falar de organização sem disciplina uma vez que esta será fundamental para que se mantenha a primeira. Da mesma forma como constantemente fazemos à higiene de nosso corpo, que contribui não só na questão estética, mas, principalmente, é vital para a boa disposição, tal como qualquer máquina, quando impregnada de sujeira, que irá impedir seu funcionamento correto, a ordem é a higiene de nosso local de trabalho, de nosso quarto, de nossas idéias e objetivos. É muito interessante perceber que uma coisa acaba levando à outra. Nesse sentido temos que um esforço irá colaborar com outro. Quando nos tornamos organizados, geralmente, podemos aproveitar esse impulso, esse conhecimento e essa qualidade para aplicá-la em muitas outras situações. A organização poderá ser canalizada para a correta alimentação, onde escolheremos o lugar certo para cada alimento a ser consumido e a hora certa para fazê-lo. Como na organização precisamos cuidar para que não baguncemos as coisas e não coloquemos uma no lugar da outra, essa mesma ordem pode ser aplicada no consumo alimentar, onde não vamos ingerir um alimento no lugar do outro. Como a manutenção da ordem requer constância, sendo necessários determinados momentos para reorganizar algumas coisas, onde algumas vezes a reorganização será diária e outras em períodos mais extensos como, por exemplo, anualmente, desse mesmo modo vamos comer em horários mais ou menos pré-estabelecidos de acordo com o momento no qual vivemos, tendo a flexibilidade de vez ou outra quebrar a regra, o que seria colocar algo fora de lugar numa estante ou armário, mas atentos para que esse objeto rapidamente seja removido para seu devido lugar uma vez que isso poderá comprometer a ordem do todo. A quebra da regra alimentar também precisa dessa mesma flexibilidade e disciplina, onde um dia em que quebramos o esquema tem que ser logo corrigido para não colocar em risco a saúde. Atletas de alto nível sabem muito bem como isso funciona e dão a devida importância para esse aspecto. Profissionais que buscam a excelência também como pessoa, e não apenas a saúde da conta bancária, sabem que para alcançarem o sucesso na sua globalidade, precisam da boa disposição alcançada também pela correta forma de se alimentar. Caso contrário acabarão gastando seu dinheiro com tratamentos médicos, muitas vezes em casos já irreversíveis. Como meu pai sempre me falava: “não adianta ganhar dinheiro para gastar com remédios”. A vida das pessoas é como um ecossistema, onde tudo está interligado como uma grande rede. Se há uma falha em um lado, os outros lados sofrerão as consequências dessa falha. Felizmente, da mesma forma, os benefícios de um lado contribuirão com a saúde desse ecossistema. Nesse sentido, as pessoas que se cuidam, levam uma vida bem equilibrada em seu todo não serão afetadas por epidemias que constantemente assustam a população, da mesma forma que a empresa sadia, que também convive constantemente com as crises, consegue se adaptar rapidamente a elas sem comprometer sua saúde. Se possuímos algumas qualidades, e todos nós as possuímos, precisamos aprender a aplicá-las em áreas que não temos muito sucesso para poder elevar o nível dos demais aspectos. É como o jogador de futebol que não sabe chutar com a perna esquerda, e muitas vezes perde grandes oportunidades por ele não ter um bom nível nesse quesito. Ele terá que exercitá-la para colaborar e levar mais sucesso para o conjunto. Ou a equipe de volei que é forte no ataque, mas deficiente no bloqueio ou recepção. Ela terá que treinar bastante esse fundamento para melhorar o conjunto. E a melhora dos conjuntos individuais é que farão a diferença, que os qualificarão e os tornarão mais competitivos em relação aos demais, o que demonstrará que na realidade a competição é consigo mesmo e não com as outras pessoas. Uma vez que você eleva seu potencial, terá condições de se destacar no meio do qual você faz parte. A organização é uma forma de melhorar seu potencial. Lembremos como era gostoso organizar nossos brinquedos junto com nossos pais quando eramos crianças, como tudo ficava mais bonito e muitas vezes encontrávamos aqueles que estavam perdidos em função da desordem, e resgatemos essa mesma alegria que ainda está dentro de nós para colocarmos ordem na “casa”, no âmbito espiritual, profissional, alimentar, descanso, lazer e tudo o mais. As qualidades vêm de berço (de ouro ou de madeira), tem origem em todas as casas e servem para formar bem as pessoas que futuramente poderão se destacar na sociedade como bons exemplos pessoais e profissionais. Como na natureza os semelhantes estão sempre juntos, as boas pessoas formarão boas famílias, trabalharão em boas empresas e com boas pessoas, e viverão bons ideais. A liberdade de escolher e de se tornar uma pessoa boa, e de ficar com as boas coisas é direito de cada um de nós. Espero que façamos as escolhas certas.
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O ser humano é maravilhoso em suas inúmeras possibilidades. Possui características fora do comum, como a inteligência, concentração, memória, imaginação etc. Porém, o grande potencial não é alcançado pela falta de uma reflexão profunda delineando seus passos, trajetórias e os caminhos que devem ser tomados para que seja alcançada uma meta sólida e duradoura.
Tal qual o ´gira-gira´, o brinquedo dos parques infantis, a vida das pessoas está passando por uma rotação desenfreada onde não se faz a parada necessária para descer aquele que não esteja disposto a continuar girando, tampouco para os que querem subir. O pior é que o sistema e os nossos condicionamentos são os que estão movimentando o brinquedo. Por esse motivo é tão imprescindível que façamos todo um levantamento sério sobre nossas atividades, sobre as coisas que estão acontecendo ao nosso redor e, principalmente, conosco. Muitas coisas que temos conosco, quer sejam objetos, situações, relacionamentos, negócios etc., são representadas pelas pessoas que querem descer do ´gira-gira´ e não o estamos parando para que desçam, pois nos tornamos insensíveis a essa necessidade de parada, e só queremos fazê-lo girar e girar e girar. Outras coisas que deveriam ´subir´ no brinquedo são representadas por aqueles que querem brincar, mas a parada não vem, não conseguem subir e acabam indo embora, levando consigo oportunidades que seriam excelentes para nós. Do ponto de vista pessoal, toma-se um remédio aqui, come-se para distrair a atenção, buscam-se distrações a todo instante para tentar encobrir a ansiedade, a insegurança, ou até por mero automatismo. Muitas vezes coloca-se uma enormidade de entretenimentos vazios que tira-nos o foco do processo pelo qual estamos passando. Ao invés de buscarmos um momento de reflexão sobre nossos problemas ou provações, fechamos nossos olhos e mergulhamos em outras atividades, deixando-os distantes, e só voltamos a olhá-los quando inevitavelmente reaparecem. Então, os encontramos na mesma condição em que foram deixados, sem nenhum ponto de vista novo para conjugar, sem nada para acrescentar. Como tudo evolui no universo, o problema tomou outra dimensão e nós ficamos para trás, com o ponto de vista retrógrado, de quando o tínhamos deixado. O fato de fazermos uma auto-reflexão periódica vai nos proporcionar ver sob novos enfoques, perceber leques das possibilidades, esfriar a cabeça, fortalecer pontos importantes, nos concentrar e encontrar determinações delicadas e difíceis. Enfim, é algo como aquela história de contar até dez antes de estourar ou, melhor ainda, vai além de contar até dez, pois passa por ver de dez formas novas, sentir de dez maneiras diferentes, fortalecer dez vezes mais as convicções, ampliando assim nossas chances de êxito. Num momento em que a espiritualidade, a religiosidade e o humanismo ganham grandes proporções e variadas formas, parece que nunca o homem sentiu tanta falta de fé, uma vez que continuam se dedicando às atividades que lhes tem roubado a saúde, a tranquilidade e tirado o convívio com seus entes queridos. Quando a solidariedade está tão em voga, as ações voluntárias, assistenciais e sociais são o foco, torna-se mais fácil ajudar um desconhecido do outro lado do mundo, do que olhar ao redor, motivar e colaborar com aqueles que estão por perto. Urge que deixemos de lado o amadorismo pessoal, pois é inconcebível um projeto que não tenha planejamento e acompanhamento constantes. Marchas e contramarchas que acelerem, freiem ou redirecionem nossos passos, quer seja um projeto empresarial, esportivo, arquitetônico ou o próprio Projeto de Vida. Qualquer organização séria frequentemente se reúne para avaliar informações importantes. Então, porque não fazemos o mesmo com o projeto pessoal no qual estamos inseridos? Um mínimo de responsabilidade deve ser alcançado para frear o ´gira-gira´ de nossas vidas, descer os que estão mareados, deixar subir novos companheiros, lubrificar algumas peças etc., antes que a ´brincadeira´ termine de uma forma indesejada. É preciso levar a vida com ´profissionalismo´, ou seja, utilizar todos os conhecimentos apreendidos para ´tirar de dentro´ nosso melhor potencial prático e colocá-lo em ação rumo a nossas melhores metas. Tudo aquilo que faz parte do nosso mundo, da natureza, possui seu ritmo. É assim com os dias e as noites, com as estações do ano, com a transformação da lagarta em borboleta, do grão de areia em pérola dentro da concha marinha enfim, todas as coisas possuem velocidades específicas, determinadas pela sua própria natureza. Nós também participamos dessa realidade. Ela nos envolve, interpenetra-nos, e assim é com tudo que possui vida, considerando desde os minerais, passando pelos vegetais, animais, homens, planetas, sistemas solares etc. Se forçarmos o desenvolvimento natural de algo, seremos responsáveis por isso. Se acelerarmos o crescimento de uma planta, estaremos comprometendo a qualidade do seu fruto. Acelerando o desenvolvimento de uma criança comprometeremos seu amadurecimento e futuro. Acelerando a produção de uma fábrica, comprometeremos a vida útil dos equipamentos, peças e pessoas. Se corrermos e absorvemos mais trabalho do que podemos, sem dúvida teremos que pagar o preço. Para evitar isso é preciso buscar o conhecimento do ritmo de cada coisa. Como? Utilizando-nos de uma ferramenta bem conhecida, mas que pouco se sabe sobre seu uso e funcionamento: o estresse. Ele serve como um termômetro indicativo de posturas e atitudes, corretas e incorretas, extremas e excessivas. Uma boa opção é ter esse termômetro sempre à vista, ou seja, quando estamos fazendo algo no dia-a-dia precisamos nos ater aos medidores internos, da mesma forma como ficamos atentos aos instrumentos de medição num carro como o velocímetro, conta-giros, o indicador do nível de combustível quando dirigimos., ou quando estamos preparando um alimento, verificando o ponto de fervura, a coloração e o tempero. Assim, quando temos diante de nós um novo compromisso para ser agendado, um projeto novo para ser implantado ou um cliente para ser atendido, olhemos nosso termômetro de tensão interna para saber em que nível ele está, e assim poderemos tomar nossa decisão com prudência. Ninguém vai morrer se deixarmos para fazer amanhã, sem estresse, aquilo que poderíamos fazer hoje, estressados. Estou me referindo às pessoas que já estão com o termômetro lá em cima, e não àqueles cujas cordas não estão nem esticadas. É preciso preencher nosso quotidiano com boas atividades, que nos sirvam para reciclar e fortalecer as energias. Com bons exercícios físicos, alimentação adequada e tempo para fazê-la e degustá-la, atividades que ajudem no desenvolvimento de nossa consciência, que amplifiquem nossas faculdades mentais, além daquelas que nos proporcionam descanso e que renovem nossas forças. Enfim, é muito importante preencher de forma equilibrada nossa agenda. Reflita sobre isso! Etimologicamente derivada do latim `reunio´, a palavra reunião significa `formar a unidade outra vez´. Se olharmos para o nosso corpo sem a preocupação de manter a unidade, veremos instaurado um caos ao tentarmos atender às vontades de cada parte do corpo: palato buscará os sabores gostosos, os dentes preferirão algo macio para mastigar, os ouvidos a tranquilidade para escutar sons agradáveis, a cabeça apensas pensar, os braços gesticular, as pernas caminhar, cada um agindo de forma individualizada, sem gerar uma harmonia.
Para que seja conseguida a unidade e, consequentemente a harmonia e o equilíbrio, é preciso que, em primeiro lugar, seja definido um objetivo, uma meta, um destino. E este deverá ser compartilhado por todos e por tudo que tenha afinidade com esse sentido – interesses, benefícios, satisfações, cores, aromas, formas. Aqueles que queiram compartilhar de um mesmo objetivo devem ter essa vontade clara e expressa dentro de si mesmos e, também, manifestada externamente através de um envolvimento sério e comprometido. Como sabemos que falar é fácil e difícil é fazer, nem sempre as ações estarão alinhadas com as metas. Enquanto não houver um fluxo contínuo, natural e equilibrado, a unidade entre destino e ação tampouco será conseguida, sendo fundamental nesse momento `formar a unidade outra vez´, a `reunio´, a reunião. Uma reunião não deve ser vista somente como um momento para explanar e debater. A isso chamamos explanação, ou exposição, e debate, pois carecem do elemento unificador. Para que possa fazer jus ao nome, é preciso voltar a unir esforços, ações e metas. Mas não somente na teoria e/ou na prática. Como seres humanos, precisamos levar ambos, teoria e prática, ao coração, ao sentimento, pois aí o potencial encontrará seu máximo: a unidade do pensar, querer e agir. |
AutorMe chamo Michel e tenho 29 anos. Desde minha juventude venho me dedicando aos estudos de marketing e empreendedorismo. Arquivos
Agosto 2018
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